O problema da tradução automática é um so: o computador não "pensa", ele apenas "processa" códigos. No caso da tradução automática, ele procura o "código" (que nós - humanos - chamamos de "palavra") num idioma, e retorna o "código" no outro idioma. Quando se trata de, por exemplo, converter polegadas em milímetros, quilômetros em milhas, etc. ele é infalível e muito eficiente. Quando se trata de converter códigos humanos e não unívocos (por exemplo, se "manga" é ... See more O problema da tradução automática é um so: o computador não "pensa", ele apenas "processa" códigos. No caso da tradução automática, ele procura o "código" (que nós - humanos - chamamos de "palavra") num idioma, e retorna o "código" no outro idioma. Quando se trata de, por exemplo, converter polegadas em milímetros, quilômetros em milhas, etc. ele é infalível e muito eficiente. Quando se trata de converter códigos humanos e não unívocos (por exemplo, se "manga" é "mango" ou "sleeve"), o computador tem grande probabilidade de falhar, e não tem "consciência da culpa" se o fizer. No fundo, a tradução automática não é nem um pouco melhor do que alguém que não conheça um dos idiomas, e dependa de um dicionário para traduzir. Em priscas eras, trabalhei na subsidiária de uma empresa que fabricava grandes equipamentos industriais. Entre seus produtos havia "slurry pumps", conhecidas no Brasil como "bombas de lama" (de minério). Uma secretária bilíngue, recém chegada de uma indústria farmacêutica, foi traduzir para o inglês uma proposta comercial. Francamente, seu bilinguismo dependia muito da velocidade incrível com que ela achava palavras no dicionário. Na versão dela da proposta, o produto em questão foi chamado de "mud bombs"!!! O diretor comercial quase caiu da cadeira às gargalhadas quando leu aquilo. Durante uns três dias, não conseguiu conter as risadas sempre que via aquela moça. O seu "altofalante" é o caso típico. Nome completo: "loudspeaker", para não congestionar diagramas esquemáticos de aparelhos eletrônicos, vulgarmente chamado de "speaker". Um uso muito mais frequente do que o que no Brasil chamamos de "porta-voz". E "speaker" também pode ser orador, palestrante, locutor, etc. Mas um computador não saberia escolher. É aí que mora o perigo, mas os defensores da PEMT o ignoram solenemente. ▲ Collapse | |